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🌈 Quando o Amor Precisa se Justificar: Reflexões Sobre M(P)aternidade e Preconceito

Adoção por casais Homoafetivos.

Por Prosaterapia


Em tempos em que o amor ainda é condicionado a formas e padrões, muitos casais homoafetivos enfrentam desafios silenciosos, especialmente quando escolhem trilhar o caminho da maternidade ou da paternidade.

É comum que, diante de dificuldades no processo de adaptação de uma criança adotada, surjam explicações carregadas de preconceito. Atribui-se, injustamente, ao fato de serem duas mulheres ou dois homens, aquilo que, na verdade, é fruto de histórias profundas, traumas anteriores ou desafios naturais da convivência humana.

E, ironicamente, esses casais muitas vezes oferecem exatamente o que muitas estruturas convencionais não conseguem: parceria genuína, espiritualidade viva, troca, acolhimento, lazer consciente, escuta sensível e um comprometimento diário com o autoconhecimento e o cuidado.

Apesar disso, são olhados com desconfiança. Como se o amor tivesse que seguir uma fórmula tradicional para ser validado.

No Prosaterapia, acreditamos que o amor verdadeiro é uma força espiritual. Ele cuida, edifica, transforma. E também cansa. Porque amar é um ato revolucionário — especialmente quando se escolhe amar mesmo diante do julgamento.

Esse texto é um desabafo coletivo. Um olhar afetuoso para todos que já ouviram frases que invalidam sua entrega:"Não deu certo por serem duas mulheres","Faltou uma figura masculina" ou"A criança precisa de uma estrutura ‘normal’..."

A verdade é que nenhuma estrutura vale mais do que o amor praticado. E ninguém, além daqueles que vivem a história, pode medir a entrega que ela carrega.

A jornada de adoção, de educação e de convivência exige coragem. E não importa a configuração familiar — o que realmente importa é a presença, o cuidado e o compromisso com a verdade.

Se o amor precisa se justificar, talvez o mundo ainda precise aprender a amar.


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