O SILÊNCIO E A VOZ: Caminhos de Cura
- Lorena Lisboa
- 3 de set.
- 2 min de leitura
Atualizado: 4 de set.
Existem experiências na vida que tocam nossas fibras mais íntimas. Algumas delas, por sua intensidade e impacto, geram em nós um silêncio quase inevitável. Um silêncio que não é falta de coragem, mas uma tentativa de autopreservação. Muitas vezes, calar é o que encontramos como recurso para continuar.
No entanto, o silêncio não é o fim. Ele é parte de um processo. Porque chega um momento em que a alma pede passagem, em que a verdade pulsa tão forte dentro de nós que já não pode ser contida. Esse momento não nasce da pressa, mas da maturidade. E quando escolhemos falar, não falamos apenas para o mundo ,
falamos para nós mesmos.
É nesse ato de dar voz à verdade que algo se movimenta no espírito. Falar não significa expor feridas para serem julgadas, mas abrir espaço para que a luz entre onde antes havia sombra. Quando uma pessoa se posiciona, ela não só afirma sua história, mas também liberta parte da dor que carregava escondida.
A cura, nesse sentido, não está apenas no tempo que passa ou nas terapias que fazemos , embora ambos sejam importantes. A cura floresce também no momento em que reconhecemos que nossa verdade merece existir no mundo. Que não precisamos carregar sozinhos o peso daquilo que nos feriu. E, ainda que o caminho de cada um seja único alguns denunciam, outros se recolhem, outros transformam em arte, outros em oração . Todos esses caminhos podem levar ao mesmo lugar: a libertação da alma.
Dar voz à dor é também um ato espiritual. É dizer ao Universo: “eu não sou o que me aconteceu, eu sou o que escolho ser a partir disso”. É um movimento de entrega e de renascimento.
Que cada pessoa encontre, no seu tempo, a coragem de transformar o silêncio em palavra e a palavra em libertação. Porque a verdade não destrói , a verdade cura, fortalece e conduz à luz.
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
(João 8:32)
Com muita luz e acolhimento @prosa.terapia





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