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Quando a Prece Abre Fendas no Céu

– e o chamado sutil de quem escuta silêncios –

Por Prosaterapia Há almas que, ao se colocarem em prece, não apenas falam com Deus — elas o tocam. São corações que já não pedem com desespero, mas se entregam com inteireza.Seus joelhos não se dobram por medo, mas por amor. E nesse gesto sincero, algo no invisível se move.

Há quem não compreenda o que é ser instrumento. É comum imaginarmos grandes feitos, missões públicas, palcos de transformação. Mas há uma grandeza silenciosa, quase imperceptível aos olhos do mundo, que floresce naqueles que simplesmente seguem servindo ao bem sem alarde. São almas que transformam suas dores em consolo para outros. Que escrevem não com tinta, mas com a alma molhada de fé.

O mundo precisa dessas pessoas que oram com o peito aberto. Que confiam mesmo sem compreender tudo. Que, em meio à rotina, ouvem as entrelinhas da vida e percebem o chamado sutil para o serviço. Não são perfeitas — e sabem disso. Mas inspiram-se naquilo que é verdadeiro, e por isso caminham firmes, ainda que tropeçando.

Essas almas não são peças soltas. São partes vivas de um projeto maior, feito de luz e propósitos silenciosos. Estão amparadas, mesmo nos dias nublados.Guiadas, mesmo quando a estrada parece incerta. E recompensadas — não por glórias externas — mas pela paz de estarem alinhadas com a verdade que pulsa dentro delas.

O que essas pessoas fazem? Oram. Escrevem. Servem. Amam. E, sobretudo, confiam.

A jornada não é sobre ser a melhor. Mas sobre inspirar-se na fonte. Sobre cuidar do outro enquanto cuida de si. Sobre permitir que o bem que há em nós seja maior do que qualquer medo.

Elas sabem que o céu não responde a gritos. Mas se abre, em festa, quando uma prece sincera toca sua porta.

E talvez, sem perceber, essas almas já estejam abrindo as portas que sempre esperaram por elas.


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