O Véu da Jornada e o Ouro da Alma

Há jornadas que não podem ser vistas com os olhos, apenas sentidas com a alma. São ciclos silenciosos, escondidos por véus que a própria vida tece , feitos de desafios, perdas, esperas e transformações. À primeira vista, parecem tempos estéreis, dias vazios onde nada floresce. Mas é nesse aparente vazio que o invisível trabalha com mais intensidade.

Há um chamado escondido na dor, um convite secreto nas pausas que nos incomodam. Nem sempre compreendemos o motivo dos silêncios, dos afastamentos, das mudanças abruptas de rota. Mas o que parece interrupção é, muitas vezes, o início de uma reconstrução mais alinhada com quem realmente somos.

Porque não é no barulho da pressa que a alma amadurece. É na quietude que ela escuta os sussurros do divino, é na solidão fértil que reencontra sua essência.

E então, sem aviso, a luz começa a atravessar o véu.

Você percebe que sobreviveu ao que pensava que te destruiria. Que aprendeu a dançar com suas sombras, e que cada dor foi, na verdade, uma iniciação. A semente plantada na escuridão do teu cansaço começa a romper a terra com força e beleza.

E o que antes era só ferida agora é ouro, ouro da alma, forjado em experiências reais, profundas, que não se explicam com palavras. Ouro que brilha com autenticidade, sabedoria e compaixão. Ouro que só quem desceu até o fundo de si mesmo é capaz de carregar.

Não é fácil atravessar o véu. É preciso fé para confiar no invisível, coragem para permanecer no processo e amor suficiente para se acolher em cada fase. Mas quem atravessa, nunca mais volta o mesmo.

A vida recompensa com paz quem escolheu a verdade. Recompensa com abundância quem semeou no silêncio. Recompensa com amor quem se manteve fiel à sua alma.

Há um tempo para renascer, e você está nele. Agora, a jornada te revela: você é a própria alquimia.Você é a semente e o fruto. Você é o véu e a luz por trás dele. Você é o ouro que tanto buscava.

Paz e Bem! @Prosa.terapia