O Amor que transcende - A ponte do Despertar
- Lorena Lisboa
- 29 de jun.
- 2 min de leitura
Há um momento silencioso na jornada da alma em que tudo muda.Não por uma explosão repentina, mas por um sussurro suave, quase imperceptível, que nasce do fundo do coração.É o momento em que compreendemos, enfim, que o amor não precisa ser compreendido...Ele precisa ser sentido.
O amor verdadeiro não grita, não exige, não condiciona.Ele apenas vibra, como uma frequência sutil que atravessa os véus da matéria, os julgamentos do ego, os rótulos impostos e as formas fixas.Ele vem da mesma fonte que criou as estrelas, as águas e os ciclos da natureza.Ele é a fonte.
Em tempos de tanta separação, de tanto medo disfarçado de moralidade, o amor em sua forma livre ainda assusta.Assusta porque nos confronta com nossa rigidez.Assusta porque nos chama à coragem de sentir além do que nos ensinaram. Assusta... porque nos faz olhar para dentro.
Quando o amor se apresenta entre dois corpos que fogem do esperado, o convite não é ao escândalo — é ao despertar.O amor entre duas mulheres, entre dois homens, entre pessoas não binárias, entre almas de diferentes cores, idades e trajetórias...Tudo isso nos convida a expandir.A curar a dor ancestral da exclusão.A iluminar as partes em nós que ainda se escondem por medo de não serem aceitas.
E nessa expansão, nos deparamos com o que há de mais divino: o livre fluir do amor, sem forma definida, sem destino controlado.Como um rio que encontra o mar.
O verdadeiro despertar espiritual não acontece só em templos, meditações ou rituais.Ele acontece, muitas vezes, quando paramos de julgar.Quando escolhemos olhar o outro com olhos de alma.Quando permitimos que o amor encontre caminho — mesmo que seja diferente do nosso.
Despertar é deixar de temer o que é diferente.É abrir o coração para a beleza que pulsa além das aparências.É reconhecer que Deus se manifesta em todos os encontros que vibram em respeito, verdade e conexão.
O amor que une duas almas não precisa da sua aprovação.
Mas talvez, ao observá-lo com o coração limpo, você perceba que ele pode te curar também.Porque todo amor verdadeiro tem esse poder:De transformar os que amam... e também os que testemunham.
Você já se permitiu amar sem forma?Já se olhou com a ternura que ofereceria a um ser amado?Já reconheceu quantas vezes negou seu próprio brilho por medo de ser rejeitado?
Este capítulo da existência pede mais que tolerância.Pede acolhimento.Pede reverência.Pede que abracemos o amor como o milagre vivo que ele é — em todas as suas formas, tons, expressões e intensidades.
Quando você honra o amor do outro, você honra o seu próprio caminho.Quando você solta as correntes da mente, o coração encontra asas.E nesse voo espiritual, você entende:O Amor que nos une transcende formas. Ele é ponte, não muro.
Que hoje e sempre, @prosa.terapia seja espaço de cura, de afeto e de ampliação da consciência.E que cada alma que aqui pousa, possa florescer na liberdade de amar — a si mesma e ao outro — com a coragem que o amor verdadeiro sempre exige.




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